Oncologia

Os nossos cientistas assumem uma abordagem rigorosa e abrangente para entender a biologia do cancro e a descoberta de medicamentos.

Desafio

Fizemos grandes avanços na nossa compreensão do cancro, mas é necessário fazer mais.

Historicamente, o cancro foi tratado como uma única doença, mas sabemos agora que existem mais de 200 tipos diferentes, cada um com diferentes comportamentos, taxas de crescimento e fases de progressão. Vários tipos e subtipos de cancro continuam a ser teimosamente difíceis de tratar e ainda existem grandes desigualdades em termos de resultados. Isto, ligado à nossa população em crescimento e envelhecimento, e a factores novos e emergentes (dieta, ambiente, exposição, etc.), constitui um fardo cada vez maior para a sociedade.

A nossa visão final é prevenir e fornecer curas para o cancro sob todas as suas formas. Como não é provável que uma única intervenção o consiga, procuramos compreender de forma abrangente a doença, as suas complexidades e o seu impacto nos pacientes. Ao dar aos nossos investigadores liberdade para explorar a ciência e tecnologia de ponta, aprofundamos o nosso entendimento da biologia e imunologia do cancro, antecipando essa visão de realidade.

Foco

Há mais de 50 anos que desenvolvemos medicamentos e diagnósticos inovadores que ajudam a prevenir, detectar, diagnosticar, tratar e monitorizar o cancro.

Tentamos transformar as vidas das pessoas com cancro, bem como das que as apoiam. O nosso foco reside, portanto, em impulsionar o progresso na prevenção do cancro, aumentar a sensibilização para a doença, desenvolver tecnologias inovadoras de rastreio e diagnóstico, e avançar na nossa compreensão da doença e das suas causas.

Com os nossos principais negócios de produtos farmacêuticos e diagnósticos sob um tecto e um sólido canal de I&D, estamos mais bem posicionados para fornecer cuidados de saúde personalizados do que qualquer outra empresa.

O termo cancro refere-se a um grupo heterogéneo de doenças malignas com uma característica em comum: a divisão descontrolada de células de um órgão ou tecido. Uma massa de células cancerosas designa-se um tumor. O crescimento descontrolado de um tumor resulta na destruição do tecido saudável em redor. A disseminação das células tumorais através do sistema sanguíneo ou linfático pode conduzir à formação de tumores secundários ou metástases, noutros órgãos ou tecidos.

A velocidade de crescimento de um tumor depende da velocidade a que as células se dividem. As células de alguns tumores dividem-se muito rapidamente enquanto que as de outros se dividem lentamente. Para este desenvolvimento é essencial que haja irrigação sanguínea uma vez que é o sangue que transporta os nutrientes e o oxigénio até às células tumorais, permitindo o crescimento do tumor. Alguns tumores podem dar origem ao crescimento de novos vasos sanguíneos que irrigam o próprio tumor e as áreas adjacentes. Estes tumores têm um maior fornecimento de nutrientes e oxigénio pelo que crescem mais rapidamente.

  • O Cancro é a segundo maior causa de morte a nível mundial. Estima-se que foi responsável por cerca de 9.6 milhões de mortes em 2018. Em termos globais, 1 em cada 6 mortes é causada pelo Cancro

  • Aproximadamente 70% das mortes por cancro ocorre nos países em desenvolvimento (países de média e baixa renda).

  • De acordo com as estimativas da OMS, nos próximos 20 anos haverá um aumento de cerca de 6 milhões de mortes por causa oncológica e cerca de 10 milhões de novos casos.

  • O diagnóstico em estadios avançados ou a inacessibilidade de diagnóstico e tratamente são comuns. Em 2017, apenas 26% dos países em desenvolvimento reportaram a existência de serviços patológicos disponíveis no sector público. Mais de 90% dos países desenvolvidos reportam ter este tipo de serviço disponível, em comparação com menos de 30% dos países em desenvolvimento. 

  • Apenas 1 em cada 5 países em desenvolvimento tem a informação necessária (como registos oncológicos) para dinamizar políticas de luta contra o cancro.

O cancro é uma doença multifuncional no sentido em que pode, embora não obrigatoriamente, surgir através da influência de alguns ou de todos os seguintes quatro fatores: ambiente, predisposição genética, existência de um sistema de cuidados de saúde e estilo de vida.

Os fatores de risco conhecidos são:

  • Estilo de vida e dieta: dieta rica em gordura, tabaco e ingestão de álcool;

  • Causas genéticas, fatores de risco hereditários (predisposição genética);

  • Proliferação benigna do tecido glandular ou conjuntivo (mastopatia proliferativa);

  • Infeções virais;

  • Perturbações do sistema imunitário.

Com o passar do tempo, vários factores podem agir conjuntamente, para fazer com que células normais se tornem cancerígenas. No entnato, quando se avalia o risco de ter cancro, devem sempre ser considerados esses factores:

  • Nem tudo causa cancro.

  • O cancro não é causado por uma ferida, um inchaço ou uma equimose.

  • O cancro não é contagioso: ninguém "apanha" cancro de outra pessoa.

  • Estar infectado com um vírus ou bactéria poder aumentar o risco para alguns tipos de cancro.

  • Se tiver um ou mais factores de risco, não quer dizer que venha a ter cancro; a maior parte das pessoas que têm factores de risco nunca irá desenvolver cancro.

  • Algumas pessoas são mais sensíveis que outras, aos factores de risco conhecidos.

A maioria dos cancros desenvolve-se devido a alterações (mutações) nos genes. Uma célula normal pode tornar-se numa célula cancerígena, após ocorrerem uma série de alterações genéticas. O tabaco, alguns vírus, ou outros factores relacionados com o estilo de vida das pessoas ou com o ambiente, podem originar essas alterações em determinados tipos de células.

Recentemente, descobriram-se dois genes tumorais, BRCA-1 e BRCA-2, associados ao cancro da mama. As mulheres com uma mutação nos genes BRCA-1 ou BRCA-2 têm um risco 85% maior de virem a desenvolver cancro da mama.

Encontra-se uma predisposição familiar em 30% dos doentes com tumores gastrointestinais. Dentro destes casos faz-se uma distinção entre cancro gastrointestinal hereditário e uma tendência familiar para o cancro gastrointestinal. O primeiro grupo representa cerca de 7-10% de todas as causas de cancro gastrointestinal e relativamente ao segundo são ainda desconhecidas as causas genéticas precisas da predisposição familiar.

No caso dos linfomas malignos, não foi demonstrada, até à data, a existência de predisposição genética ou de fatores genéticos. No entanto, em alguns linfomas não-Hodgkin, descobriram-se alterações nos cromossomas, adquiridas durante a vida do doente. Essas anomalias não são transmissíveis de geração em geração, estando presentes apenas no tecido linfático do doente.

Glossário:
BRCA = Breast Cancer (Cancro de Mama, em inglês)

Alguns tipos de cancro podem ser detectados antes de causarem problemas. Fazer exames para despiste do cancro, ou de alguma condição que possa levar a cancro, em pessoas que não têm sintomas, chama-se rastreio. 

O rastreio pode ajudar o médico a encontrar e tratar, precocemente, alguns tipos de tumores. Geralmente, o tratamento para o cancro é mais eficaz quando a doença é detectada cedo, ou seja, ainda em fase precoce.

Exemplos de exames de deteção do Cancro:

  • Exame microscópico de um esfregaço sanguíneo (contagem de células sanguíneas);

  • Determinação da presença de proteínas e de imunoglobulinas no sangue (anticorpos); 

  • Velocidade de sedimentação eritrocitária;

  • Identificação de infeções virais (serologia viral); 

  • Exame microscópico de tecido nodular linfático;

  • Exame de amostras de medula óssea ou de órgãos internos (biópsia); 

  • Exame de líquido encefalo-raquidiano (punção lombar);

  • Visualização direta do interior dos órgãos abdominais (endoscopia);

  • Exame citogenético de cromossomas (um método de detetar alterações cromossómicas usando um microscópio de fluorescência); 

  • Ecografia, tomografia computorizada ou ressonância magnética.t

As modernas técnicas de imunodiagnóstico usam reações de anticorpos específicos para classificar com precisão as células tumorais. Por possibilitarem a previsão da probabilidade de sucesso de um fármaco em particular, estes testes podem melhorar as hipóteses de cura.

Existem vários tipos de tratamento para o Cancro, que dependem tanto do tipo de cancro em questão, como do estadio em que este se encontra.

Algumas doentes de cancro poderão ter a possibilidade de receber apenas um tipo de tratamento. No entanto, na maioria dos casos, é feita uma combinação de tratamentos, tais como: cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

  • Na ressecção cirúrgica, remove-se a totalidade do órgão afetado, na maior parte dos casos juntamente com uma grande quantidade do tecido que circunda o tumor.

  • Na radioterapia, o tecido afetado é exposto a uma fonte de radiação dirigida com exatidão. Usa-se radiação eletromagnética ou partículas subatómicas, na maioria das vezes em associação com outros métodos.

  • A quimioterapia é uma terapêutica farmacológica com substâncias químicas designadas por agentes citotóxicos, que inibem o crescimento ou destroem as células tumorais.

  • As hormonas promovem o crescimento celular. Na terapêutica hormonal a remoção do estímulo hormonal para o crescimento pode suspender, ou pelo menos diminuir significativamente, o crescimento tumoral.

  • Na imunoterapia o sistema imunitário é colocado a um elevado nível de alerta relativamente às células cancerosas. Exemplos típicos destas substâncias são os interferões, interleucinas e anticorpos monoclonais.

O que pode fazer para diminuir o risco de vir a ter um cancro

  • Não fumar;

  • Não ingerir álcool;

  • Evitar o excesso de peso;

  • Consumir diariamente fruta e vegetais frescos e cereais com elevado teor em fibra;

  • Evitar a exposição excessiva à luz solar direta;

  • As mulheres devem fazer regularmente o autoexame mamário;

  • Fazer check-up médico com regularidade.

Medidas de deteção precoce da iniciativa do médico

  • Investigar a natureza de um nódulo ou caroço aparecido recentemente;

  • Investigar a causa da tosse crónica ou da rouquidão persistente;

  • Esfregaço cervical;

  • Palpação das mamas, na mulher;

  • Teste para detetar a presença de sangue oculto nas fezes.

Informação traduzida e adaptada da Organização Mundial de Saúde e da International Agency for Research on Cancer.

Vídeos

O que é o Cancro - infocancro.com
Quais as causas do cancro - infocancro.com
Predisposição Genética Cancro - infocancro.com
Detecção do Cancro - infocancro.com
Tratamento do Cancro - infocancro.com
Prevenção do Cancro - video em infocancro.com

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