Compreender a Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença do sistema nervoso central. Embora normalmente se fale de EM como uma única doença, os sintomas e a evolução variam de pessoa para pessoa. A atividade da doença, seja pela ocorrência de surtos ou pela forma como evolui, é habitualmente imprevisível.1,2 A comunidade médica divide a EM em quatro grandes tipos.2,3

Síndrome Clínico Isolado (SCI)
EM surto-remissão (EMSR)
EM Progressiva Secundária (EMPS)
EM Progressiva Primária (EMPP)

As pessoas com EM podem ter vários tipos de sintomas.

Até 90% das pessoas com EM sentem fadiga6

Nos primeiros 15 anos, mais de 50% das pessoas com EM têm dificuldade em andar7,8

Dificuldades visuais são comuns e um sintoma inicial em 15-20% das pessoas com EM9

Pelo menos 80% das pessoas com EM têm problemas urinários10

A depressão é três vezes mais frequente em pessoas com EM11

Perturbações do sono são duas vezes mais frequentes em pessoas com EM12

Mesmo sem sinais ou sintomas óbvios, a atividade da doença e os danos no sistema nervoso podem continuar em algumas pessoas com EM sem que se perceba.13

A Esclerose Múltipla é uma das principais causas de incapacidade nos jovens adultos.14,15

A EM é normalmente diagnosticada entre os 20 e 40 anos16

A EM é duas vezes mais frequente em mulheres do que em homens15

Estima-se que existam 6.000 pessoas com EM em Portugal17,18

Não há cura para a EM, mas continuamos a investigar para melhor compreender e tratar esta doença.5

Referências

  1. Brex PA, et al. (2002). A longitudinal study of abnormalities on MRI and disability from multiple sclerosis. N Engl J Med, 346(3):158-164.

  2. National Multiple Sclerosis Society . Types of MS. Available at

  3. Lublin FD., et al. (2014) Defining the clinical course of multiple sclerosis - 2013 revisions. Neurology, 83:1-9.

  4. Trojano M., et al. (2003) The transition from relapsing–remitting MS to irreversible disability: clinical evaluation. Neurol Sci, 24(Suppl. 5): S268–S270.

  5. National Institutes of Health-National Institute of Neurological Disorders and Stroke. (2015). Multiple Sclerosis: Hope Through Research. Available at:http://www.ninds.nih.gov/disorders/multiple_sclerosis/detail_multiple_sclerosis.htm#280373215

  6. Hemmett L, et al. (2004) What drives quality of life in multiple sclerosis? QJM, 97(10):671–6.

  7. Souza A, et al. (2010) Multiple sclerosis and mobility-related assistive technology: systematic review of the literature. J Rehabil Res Dev, 47:213–223.

  8. National Multiple Sclerosis Society. (2010). Gait or Walking Problems. Available at:

  9. United States Department of Veterans Affairs. Visual Dysfunction in Multiple Sclerosis. Available at: http://www.va.gov/MS/Veterans/symptom_management/Visual_Dysfunction_in_Multiple_Sclerosis.asp

  10. National Multiple Sclerosis Society. Bladder Problems. Available at:

  11. Siegert RJ, Abernethy DA. (2005). Depression in multiple sclerosis: a review. J Neurol Neurosurg Psychiatry, 76:469–475.

  12. Lobentanz IS, et al. (2004). Factors influencing quality of life in multiple sclerosis patients: Disability, depressive mood, fatigue and sleep quality. Acta Neurologica Scandinavica, 110:6–13.

  13. Erbayat A, et al. (2013). Reliability of classifying multiple sclerosis disease activity using magnetic resonance imaging in a multiple sclerosis clinic. JAMA Neurol, 70(3):338-44.

  14. Murray TJ. (2006). Diagnosis and treatment of multiple sclerosis. BMJ, 322 (7540):525-527.

  15. Multiple Sclerosis International Federation. (2013). Atlas of MS 2013. Available at:

  16. Compston A, et al. (2002). Multiple Sclerosis. Lancet, 359:1221-31.

  17. J. Pinheiro and J. Guimarães, Esclerose Múltipla - Conhecer e Desmitificar, Oral Presentation, Secção Regional da Ordem dos Médicos, Porto, Portugal, 2011.

  18. J. de Sá, E. Alcalde-Cabero, J. Almazan-Isla, A. Sempere, and J. de Pedro-Cuesta, “Capture-recapture as a potentially useful procedure for assessing prevalence of multiple sclerosis: methodological exercise using portuguese data,” Neuroepidemiology, vol. 38, no. 4, pp. 209-216, 2012.